Uma nação que confia em seus direitos, em vez de confiar em seus soldados, engana-se a si mesma e prepara a sua própria queda."Rui Barbosa.

Michael Dantas




SERIAL KILLERS


SUMÁRIO: 1. INTRODUÇÃO 2. DEFINIÇÃO DE SERIAL KILLER 3. CARACTERÍSTICAS 4. CLASSIFICAÇÃO DOS SERIAL KILLERS 5. IMPUTABILIDADE 6. SERIAL KILLERS NO BRASIL 7. JACK ESTRIPADOR 8. CONCLUSÃO 9. BIBLIOGRAFIA



RESUMO

Este artigo consiste em uma análise do Serial Killer como o mais perigoso dos criminosos, aqueles que cometem uma série de homicídios interligados durante algum período de tempo. Foi exposto nesse trabalho a história de alguns serial Killers, demostrando que na maioria dos casos há uma semelhança entre os assassinso em série como por exemplo a falta de remorço. De acordo com a alguns estudiosos dizem ser necessária a morte de pelo menos duas pessoas, sendo este considerado um serial killer,

PALAVRAS CHAVE: Serial Killer, Jack Estripador, Ressociabilidade

1. INTRODUÇÃO

Para tratarmos sobre serial killers é preciso de imediato sabermos de onde veio esse termo. Essa terminologia Foi usada pela primeira vez nos anos 70 por Robert Ressler, agente aposentado do FBI e grande estudioso do assunto. Ele pertencia a uma unidade do FBI chamada Behavioral Sciences Unit, (Unidade de Ciência Comportamental), que tinha sua base em Quântico, Virgínia.Esta unidade deu continuidade ao trabalho do psiquiatra James Brussell, pioneiro no estudo da mente de criminosos. O BSU começou montando uma biblioteca de entrevistas gravadas com serial killers já condenados e presos em todos os EUA. Seus investigadores iam até as penitenciárias em diversos estados americanos, entrevistando os serial killers mais famosos do mundo, como Emil Kemper, Charles Mason, David Berkowitz. Tentavam entrar em suas mentes e compreender o que os impulsionava a matar.
Detalhes de todos os crimes americanos eram enviados a esta unidade, e os “caçadores de mentes” procuravam por pistas psicológicas em cada caso. Pelo que viam nas fotos das cenas dos crimes, desenvolveram a habilidade de descrever suspeitos e suas características de forma impressionante. Muito bom senso era utilizado, mas com o tempo foram criadas técnicas de análise do crime
O criminoso chamado de assassino em série, é aquele que mata um considerável número de vítimas durante certo período de tempo, com um intervalo entre eles, podendo ser de dias, meses ou anos (Ilana Casoy, 2002, p.16).

Storring, apud Genival Veloso França , trouxe para a personalidade desses criminosos a seguinte definição:
Aquelas personalidades em que os desvios da vida instintiva, dos sentimentos, dos afetos e da vontade são tão intensos, que chegam a dissolver a estrutura do caráter e da personalidade, sua ordem interior, firmeza, unidade e totalidade.

O Número de Serial killers vem crescendo em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos da América. O Brasil tem demonstrado vários casos envolvendo os assassinos em série, sendo de grande preocupação para a sociedade esse aumento, pois ela está desprotegida contra o ataque desses indivíduos. O estudo do “serial killer” é fundamental, visto que são pessoas com capacidade de discernimento e que cometem o crime para a satisfação de suas vontades

2. DEFINIÇÃO
Segundo a autora Ilana Casoy em seu livro louco ou cruel ( 2002 p.16).

Trata-se de assassino em série o sujeito que comete vários homicídios durante um período de tempo, com um lapso temporal entre cada um deles, podendo ser de dias, meses e até mesmo anos. São agentes que possuem um perfil psicopatológico, cometem esses crimes com certa frequência, seguindo um modo de operação, ou seja, um “modus operandi”, tendo o mesmo modo de executá-los. Geralmente deixam sua marca na cena do crime, como uma assinatura, para uma possível identificação.

A diferença dos serial killers para os assassinos em massa está no fato do lapso temporal existente entre um crime e outro, pois os assassinos em massa matam suas vítimas de uma só vez e procuram dirigir suas condutas para o grupo que foi por ele oprimido, rejeitado e ameaçado supostamente, um bom exemplo de um assassino é o jovem Wellington Menezes de Oliveira mais conhecido como o assassino de realengo, onde o mesmo entrou em uma escola situada na Cidade do Rio de janeiro e matou de uma só vez várias crianças, Já o assassino em série elege cuidadosamente suas vítimas selecionando a maioria das vezes pessoas do mesmo tipo e características, além do mais o Serial killer elege cuidadosamente suas vítimas selecionando a maioria das vezes pessoas do mesmo tipo e características definidas, como p. ex. as prostitutas, homossexuais, policiais, crianças com uma idade definida, etc

Segundo a escritora Ilana Casoy, ( 2002 p.16 a 19). citada anteriormente
"Matador de Massa - Mata quatro ou mais vítimas em um só local, num só evento. Em geral, sua explosão de violência é dirigida para o grupo que supostamente o oprimiu, ameaçou ou rejeitou.Spree Killer - (Matador Impulsivo) As vítimas dele estão no lugar errado, na hora errada. O criminoso mata várias pessoas num período de horas, dias ou semanas, e não passa por fases e se acalma até precisar matar novamente. Ele pode parar de matar tão rápido quanto começou."

A maior parte dos Serial Killers são cidadãos respeitáveis dentro da sociedade em que vivem, são muito inteligentes e induzem as suas vítimas com facilidade, pois são atraentes e com uma grande capacidade de mentir, levando as vítimas a acreditarem no que dizem, para que assim, configurem seus delitos.
De acordo com a alguns estudiosos dizem ser necessária a morte de pelo menos duas pessoas, sendo este considerado um serial killer, já para outros, para que o sujeito seja assim considerado é preciso ter no mínimo quatro vítimas. Mas é evidente que a quantidade de vítimas não é um ponto relevante para diferenciá-los dos assassinos em comum. O que os diferencia dos demais é a maneira que cometem os delitos e o motivo para sua configuração.
As vítimas são escolhidas ao acaso, são eleitas cuidadosamente, não são conhecidas do assassino e elas nada fazem para que sejam mortas, sendo tratadas como um objeto. Geralmente, esse tipo de assassino, opta por vítimas do sexo feminino e de menor porte físico, isso para a facilitação na consumação do ato a ser praticado.
Os assassinos em série matam por prazer, sentem vontade em cometer assassinatos, se alimentam do controle e poder que exercem sobre a vítima. Costumam ser indivíduos sádicos por natureza, que praticam a tortura para satisfazer os seus prazeres perversos. Assim sendo, trata-se de agentes que se sentem bem ao fazer um mal ao próximo.
o motivo do crime praticado pelo assassino em série não faz sentido para ele mesmo. Essa sequência de delitos faz parte de um círculo vicioso, que só termina quando o agente é preso ou morto. Uma evidência apontada por esses assassinos é que eles, depois de cometerem o assassinato, ou seja, depois que a vítima morre, ele volta ao abandono de sua fúria e ódio, misteriosos, por si mesmo.

Segundo o Doutor Joel Norris, Phd em Psicologia e escritor apud Ilana Casoy o assassino em série tem seus ciclos, que são divididos em seis fases:
1- Fase Áurea, que é aquela onde começa, para o assassino, a perda da realidade em que vive;
2- Fase da Pesca, que é quando o assassino vai à busca da vítima, fazendo uma seleção, para assim elegê-la;
3- Fase Galanteadora, que é aquela onde o assassino induz a vítima, seduzindo-a e enganando-a;
4- Fase da captura, é aquela quando a vítima é capturada, cai na armação feita para sua captura;
5- Fase do assassinato ou totem, é o momento auge para o assassino, é o clímax de suas emoções;
6- Fase da depressão, que ocorre depois que a vítima é morta.
A definição dada pelo Instituto Nacional de Justiça a respeito do tema, publicada em 1988 apud Michael Newton (2005) retratava o seguinte:
Uma série de dois ou mais assassinatos cometidos como eventos separados, normalmente, mas nem sempre, por um infrator atuando isolado. Os crimes podem ocorrer durante um período de tempo que varia desde horas até anos. Quase sempre o motivo é psicológico, e o comportamento do infrator e a evidencia física observada nas cenas dos crimes refletiram nuanças sádicas e sexuais.

3. CARACTERÍSTICAS

O perfil de um Serial Killer não é absoluto, mas geralmente são homens jovens ou de meia idade, de raça branca e na maioria das vezes, suas vítimas são mulheres. São cidadãos respeitáveis na sociedade, atraentes, bem sucedidos e muito inteligentes, isso acaba seduzindo a vítima, que não acredita ser essa pessoa um assassino e certamente não acha que está se colocando em uma situação de risco, pois esses assassinos criam uma personalidade para se comportar no meio social.

Ilana Casou citou em sua obra Louco ou cruel que:
“O Meio social dessas pessoas é perfeito, sofisticado e construído habilmente, desenvolvendo uma personalidade para o contato com o próximo, apresentando uma dissociação de seu comportamento assassino. Esse controle de seu comportamento, perante as outras pessoas, mostra que eles sabem que seus atos são oprimidos pela sociedade e esse motivo apresenta a capacidade que eles têm de discernir entre o errado e o certo”.


Os aspectos psicológicos assemelham esses assassinos em série, pois suas condutas são bem parecidas e seu passado traz algo em comum, analisando, principalmente, a infância desse assassino.
Esses criminosos ainda apresentam outras características comuns na infância, como por exemplo, baixa autoestima, masturbação compulsiva, pesadelos constantes, dores de cabeça constantes, problemas alimentares, automutilações, devaneios noturnos, isolamento social e familiar, entre outras, todas relatadas pelos próprios assassinos.
A grande maioria desses agentes criminosos sofreu também, abusos sexuais, emocionais e físicos na infância, porém muitas vezes crianças que cresceram com essas formas de abuso não se tornaram criminosos violentos.
O caráter do ser humano fica subordinado as habilidades adquiridas pelos seus ascendentes, sendo essencial cuidar do emocional das crianças, lhes proporcionando autoestima, inteligência, capacidade de empatia, para que ela aprenda a controlar seus impulsos, a resolver seus problemas e saber administrar a sua raiva, podendo conviver com a sociedade, sem que traga problemas
Os crimes praticados por essas pessoas na maioria das vezes são fantasias que eles criam, sendo a vítima um objeto e não uma parceira para essa realização. Faz parte da característica desses sujeitos o fato de eles repetirem e reencenarem os atos violentos para alimentar a sua fantasia e satisfazer o seu prazer sexual, sendo um exercício mental o criminoso relembrar o crime que cometeu.
Todos os comportamentos aqui descritos possuem uma semelhança, que é o seu agravamento com o tempo. Os atos e as fantasias se tornam mais violentos ainda e os atos sádicos ficam cada vez mais cruéis.


___________________________
Casoy, Ilana, Louco ou cruel cruel?. 2. ed. São Paulo: Madras, 2002 p.17.

Segundo o psiquiatra Fernando César especialita em serial killers.
A maior parte dos assassinos em série é diagnosticada como portadora do Transtorno de personalidade anti-social, tendo como características a amoralidade, a incorrigibilidade, a ausência de sentimentos de afeto, a impulsividade, o comportamento fantasioso e o não sentimento de compaixão por outras pessoas.

Devido à natureza psicopata que alguns assassinos em série possuem, eles não sabem como se relacionar com outras pessoas, mas acabam aprendendo, observando os outros comportamentos e isso o ajudará a capturar a vítima. São, normalmente, ótimos atores e possuem a aparência de pessoas normais, geralmente são pessoas simpáticas e com bom convívio social dificultando o conhecimento do risco que eles apresentam para a sociedade
Os assassinos em série quando são capturados, negam que cometeram os crimes a eles imputados, se considerando inocente perante a autoridade. Mesmo com a presença de provas materiais os incriminando, ou seja, com a existência de fotos deles com as vítimas ou objetos das vítimas encontrados com ele ou qualquer outra prova irrefutável, negam terem praticado o fato criminoso. Ou quando são pegos, podem assumir que cometeram os delitos, mas alegam à insanidade ou doenças mentais, isso para que sejam considerados inimputáveis.

4. CLASSIFICAÇÃO DOS SERIAL KILLERS
A doutrina não se preocupou em fazer classificações quanto aos serial killers, no entanto, Ilana Casoy em sua obra “Serial Killer – Louco ou Cruel”, dividiu os assassinos em série em quatro tipo. Senão vejamos:
- Visionário: é um indivíduo completamente insano, psicótico. Ouve vozes dentro de sua cabeça e as obedece. Pode também sofrer alucinações ou ter visões.
- Missionário: não se demonstra uma pessoa psicótica perante a sociedade, mas psicologicamente ele sente a necessidade de exterminar certo grupo social, como forma de livrar o mundo daquilo que pra ele é julgado como indigno ou imoral.
- Emotivos: esse indivíduo é aquele que sente prazer em matar, utilizando de métodos sádicos, torturando suas vítimas, matam simplesmente por matar, como uma maneira de se divertir.
- Libertinos: são aqueles assassinos que matam buscando um prazer sexual, são os chamados assassinos sexuais. O seu prazer está ligado proporcionalmente ao sofrimento da vítima, a tortura empregada nela.
Ainda, serial killers, também são divididos pelas categorias de “organizados” e “desorganizados”, geograficamente estáveis ou não.
Segundo a escritora Ilana Casoy em sua obra louco ou cruel,(2002 p 39,40,41 )esses assassinos são divididos em organizados e desorganizados, baseados na cena do crime.
“O assassino tipo organizado é aquele que possui um ótimo relacionamento com a sociedade, conseguem se adequar a ela, e com isso apresentam uma vantagem, conseguindo assim, seduzir a sua vítima com confiança e segurança. Exibe um grande grau de inteligência e planejam os seus crimes com muito cuidado, se atentando aos detalhes, mantendo, com isso, um controle sobre o cenário criminoso. Esse indivíduo ainda, possui um conhecimento na área da ciência forense e por isso consegue não deixar rastros na cena do ato delituoso, dificultando a investigação do crime. Muitas vezes ele se orgulha do ato que praticou, como se não passasse de um projeto feito por ele. Por fim, esse assassino acompanha os delitos que cometeu pela mídia, de uma maneira cuidadosa.
O assassino enquadrado no tipo desorganizado possui as seguintes características: são impulsivos, reclusos, introvertidos, se reprimem de qualquer tentativa de contato com as outras pessoas, costumam ter poucos amigos, são de pouca inteligência e movidos pela emoção e pela ansiedade. Podem apresentar um 20 histórico de problemas mentais e com hábitos e personalidade assustadores e excêntricos. Ele não planeja seu crime e nem se preocupa em encobrir os rastros dele, muitas vezes até costuma deixar a arma do crime e a vítima no local do delito. Adota ritos para a configuração de seus atos, como a necrofilia, que é o contato sexual com cadáveres, canibalismo, abuso sexual e mutilações. Procura sua vítima quando surge uma oportunidade, a escolhendo aleatoriamente, não seguindo um padrão para selecioná-la. O assassino tem pouca consciência do crime que cometeu, pode até chegar a bloquear da memória os assassinatos”

Por fim, os crimes que não aparecem nos registros disponíveis são classificados como atípicos e tanto a polícia quanto a perícia tem que levar em conta outros aspectos para a resolução do caso.

5. IMPUTABILIDADE

Os psicopatas são aqueles indivíduos que possuem uma ausência de afeto e de caráter e dos sentimentos de culpa e de remorso, estando aí a sua grande periculosidade, pois por não apresentarem esses sentimentos, cometem os crimes mais violentos e cruéis
Estudar as características e vida de um Psicopata é de grande importância, porém o grande problema encontrado nesse estudo está em determinar se esses indivíduos são imputáveis, semi-imputáveis ou inimputáveis, isto para a aplicação de uma sanção, quando os mesmos veem a cometer algum tipo de delito.
De acordo com alguns doutrinadores os psicopatas devem ser considerados semi-imputáveis, por não serem inteiramente capazes de entender o caráter ilícito do fato, apresentando assim uma perturbação da saúde mental, tendo sua pena reduzida por esse aspecto. Mas há também quem os considera imputáveis, tendo o tratamento igual ao de qualquer indivíduo que cometa algum crime, trazendo grandes problemas no tratamento tanto punitivo quanto repressivo desses psicopatas, pois eles estariam convivendo com outros delinquentes num ambiente não propício para sua ressocialização, ou seja é preciso sim separar os criminosos psicopatas dos demais presos, pois colocando indivíduos com personalidade antissocial nas penitenciárias não ajudaria na recuperação dos outros que lá se encontram, contribuindo assim para o desajuste total na ressocialização dos presos.
Durante a aplicação do sistema do "duplo binário", sistema este em que se aplicava sucessivamente a pena e a medida de segurança por tempo indeterminado, os portadores de personalidade antissocial eram considerados inimputáveis, sendo imposto a eles primeiro uma pena e depois um tratamento em uma Casa de Custódia. Mas houve a substituição desse sistema pelo "unitário ou vicariante", vigente atualmente. Por este sistema vicariante, os psicopatas são considerados semi-imputáveis, se sujeitando ao tratamento médico-psiquiátrico e a aplicação da medida de segurança por tempo determinado, facilitando assim a sua readaptação ao convívio social, e conforme assevera França (1998, p.359), a pena aos portadores dessa personalidade anormal não será aplicada, devido a sua inadequação à recuperação, à ressocialização e recuperação do semi-imputável.
Fernando Capez acrescenta ainda a respeito das personalidades psicopáticas o seguinte:
“Mesmo semi-imputáveis, precisam de isolamento social, eis que se comportam sem seno ético e social contra os outros, embora seja uma pessoa cuja sociabilidade é dissimulada, pois convive bem com suas 41 vítimas até que as mate. A medida penal mais adequada ao psicopata é a medida de segurança, consistente em internação na Casa de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (Manicômio Judicial) e não pena”.

O tratamento dos psicopatas, assim como suas medidas para a educação, correção e punição, vem sendo insuficientes mesmo diante de todo o esforço, pois as instituições especializadas apresentam uma falta de estrutura para atender esses indivíduos.
Desta forma, geralmente os psicopatas são considerados semi-imputáveis, por não serem inteiramente capazes de compreender a ilicitude dos fatos ou de se determinarem segundo esse entendimento. Porém nada impede que eles sejam considerados imputáveis e até mesmo inimputáveis, devendo ser analisado em cada caso concreto.
6. SERIAL KILLERS NO BRASIL
Francisco de Assis Pereira

Talvez um dos mais famosos assasinos em série do nosso país tenha sido Francisco de Assis Pereira, mas conhecido como maniaco do parque,homem de inteligência normal, cuja vida escolar foi medíocre, como consta do laudo pericial de seu processo, começou a trabalhar com quatorze anos de idade, mas nunca conseguiu fixar-se em emprego algum. Teve envolvimento sexual com um travesti, com o qual se envolveu, e com um ex-patrão.
Francisco ficou conhecido como maníaco do parque, ou como o caso “motoboy”, por estuprar e matar mulheres que se iludiam com sua conversa de que era fotógrafo e queria tirar fotos delas para poder mandar para as agências de modelos. Ele as enganava, dava carona a elas até o parque, e lá as amarrava a uma arvore onde as estuprava e machucava-as, e em seguida matava-as. Deixava seus corpos por lá no meio do nada até ser encontrado por outras pessoas.
O maníaco do parque foi finalmente preso depois de encontrarem sua nona vítima. O motoboy alega Ter matado onze mulheres, porém só foi processado e julgado pelo crime de nove.
Francisco de Assis Pereira, conhecido como maníaco do Parque, foi condenado em
São Paulo, por júri popular, a 121 anos de prisão pela morte de cinco mulheres e crimes de estupro, ocultação de cadáver e atentado violento ao pudor. A advogada do criminoso tentou diminuir sua pena, alegando ser semi-imputável por ser um psicopata, porém foi rejeitada essa argumentação.
Francisco das Chagas Rodrigues de Brito
Considerado o maior serial killer do país. Atribuem a ele morte e mutilação de 42 meninos: 29 em São Luís e outros 12 no Estado do Pará, onde viveu entre 1989 e 1993. O roteiro macabro do mecânico de bicicletas de 45 anos duraria entre 1991 e 2004.
Ele agia sempre da mesma maneira. Seduzia meninos, ou sequestrava e os levava para o meio do mato onde ele os estrangulava e retirava alguns de seus orgãos. Em todos os 42 homicídios, ele colocou a cabeça da vítima sempre perto de uma árvore chamada tucum. Depois, colocava a genitália em cima da cabeça, e se tivesse alguma árvore dessas perto, ele esticava os braços da criança e amputava um ou dois dedos. Em alguns ele cortava o dedo, em outros não.
Cortava também orelhas, e quase sempre retalhava a genitália dos meninos assassinados. Apesar de confessar várias vezes seus crimes, e das inúmeras evidências encontradas, Francisco volta e meia negava seus crimes, Como quase todos os criminosos desse tipo, ele é um psicopata e faz de tudo para atenuar sua pena. Mente e acusa quem for sem sentir remorço, sem nenhum problema. Mas não consegue se manter firme em suas mentiras e cai em contradições. recorre a argumentos curiosos. "Se eu tivesse feito isso, tinha dinheiro. Não moraria humildemente"Como a emasculação de crianças e adolescentes poderia render dinheiro? Francisco tinha uma resposta pronta: tráfico de órgãos. Ao ser informado de que não existe transplante de pênis, a princípio se mostrou um tanto confuso, reiterando apenas que "neste planeta existe cada coisa que a gente fica abismado, não acreditando". Mas, pouco depois, saiu-se com outra explicação: "A pessoa, quando morre, começa a diluir, a desmanchar". As mutilações, portanto, seriam resultado natural da decomposição – ou, ainda segundo as sugestões imaginosas do assassino, da ação de algum inseto ou ave, já que os corpos foram encontrados no meio de matagais.

7. JACK ESTRIPADOR

Jack Estripador é o serial killer mais famoso de todos os tempos, jack se apresentou para o mundo em 31 de agosto de 1888, com o assassinato da prostituta Mary “ Polly” Nichols sendo o terceiro assassinato de uma prostituta no ano na região de East End, em londres,para a maioria dos historiadores, este foi o primeiro dos homicídios em série deste assassino. Para outros houve crimes anteriores. Na visão destes historiadores, os homicídios anteriores pareceram crimes mais comuns porque, no começo de sua “carreira” o assassino em série ainda não tinha desenvolvido seu modus operandi, sua assinatura. É uma hipótese que faz mesmo sentido. Nos seus primeiros crimes, geralmente os serial killers são mesmo menos seguros, mais titubeantes. Em 7 de agosto pouco mais de 3 semanas antes da morte de Polly, outra prostituta, Martha Tabran, havia sido encontrada no mesmo bairro, Whitechapel, assassinada, tendo recebido 39 apunhaladas. O caso não foi esclarecido. Oito dias depois da morte de Polly, a menos de um quilômetro de onde seu corpo foi encontrado, alguém encontra outro corpo, no fim da madrugada. Outra prostituta, Annie Chapman, 47 anos . Os intestinos foram deixados sobre um ombro da vítima. Seu útero foi levado pelo criminoso.
A Polícia percebe que se encontra diante de um caso incomum. Um homem de bestialidade assustadora estava à solta. Os jornais começaram a dar repercussão à história. As pessoas começam a se sentir amedrontadas, começam a cobrar providências. Porém, não havia boas pistas. Levanta-se a hipótese de que seja alguém com algum conhecimento de Anatomia. Um açougueiro da região. Contudo, aos poucos o ambiente foi ficando mais tranquilo, porque alguns suspeitos foram detidos – e especialmente porque os dias foram se passando, naquele mês de setembro, e não apareceram novas prostitutas mortas – e tudo cai no esquecimento, tomados que somos pelas pequenas novidades e necessidades de cada dia. Até que no dia 28 de setembro uma carta, escrita em tinta vermelha, chegou à Agência Central de Notícias:
“Prezado Chefe,
Continuo ouvindo que a Polícia pegou-me (…). Sou severo com prostitutas e não pararei de estripá-las até ser afivelado. O último trabalho foi uma grande obra. (…) Amo meu trabalho(...)
Atenciosamente, Jack, o Estripador”

Jack” mataria mesmo, dois dias depois. Na madrugada do dia 30 de setembro, duas prostitutas foram encontradas mortas. A primeira, Elizabeth Stride, de 44 anos, teve apenas a garganta cortada. Teria sido Jack? Será que foi visto e saiu correndo?
A segunda, Catherine Eddowes, 46 anos, claramente foi um trabalho de Jack. Desta vez, além do útero, foi levado um rim. No dia 9 de novembro, Jack entrou na casa de Mary Jane Kelly, bem mais nova que todas as outras vítimas, com apenas 25 anos. Em sua casa, Jack dispôs de tempo para fazer o que quis com seu corpo. O corte na garganta foi mais profundo, Mary quase foi decapitada. O braço esquerdo também quase foi arrancado do corpo. Nariz e orelhas estavam esfolados, assim como as pernas. Os seios foram recortados e deixados sobre um criado, assim como os rins e o coração. Tiras da carne de Mary foram encontradas dependuradas em pregos na parede. Mary estava grávida e seu útero foi levado.
Alguns pesquisadores acreditam que há mortes após a de Mary que podem ser atribuídas a Jack. Por outro lado, por que Jack pararia de agir? Há inúmeras explicações. Cumpriu o seu plano. Percebeu que as investigações se aproximavam dele, ou temeu isto. Morreu. Foi preso por outro motivo, e Jack ia sumindo dos jornais e entrando para a História como o maior e mais cruel serial killer de todos os tempos

_______________________
Greic, Charlotte Serial Killers “ Nas mentes dos monstros” Ed 01, Editora Madras. 2010 p. 188



8. CONCLUSÃO

Nos últimos tempos o quantidade de serial killers tem aumentado bastante principalmente nos Estados Unidos, o que faz com que seu estudo seja de grande importância para entender a mente desses criminosos uma vez que são indivíduos que não aparentam a sua periculosidade e enganam suas vítimas com grande facilidade, usando de seu charme e inteligência. Então ficou demonstrada que a aplicação jurídica a esses assassinos vai depender de cada caso e do perfil que cada um apresenta
Como visto o serial killer pode ser um sujeito normal mentalmente, pode ser um doente mental ou um fronteiriço, e tudo isso vai influenciar na sanção penal que será a ele aplicada, pois vai se analisar se na época do fato cometido era o agente inteiramente capaz de conhecer a ilicitude do fato e de se determinar segundo esse entendimento.
Se o agente for um sujeito normal, é então imputável, recebendo a pena cominada no delito cometido; sendo portador de alguma doença mental, será inimputável, ficando isento de pena e sujeito à medida de segurança; em sendo fronteiriço, se enquadra na semi-imputabilidade, tendo ou uma pena reduzida ou a aplicação da medida de segurança.
Em relação à ressociabilidade desses criminosos, viu-se que se trata de um assunto bastante discutido na doutrina, mas houve um consenso na Psiquiatria mundial se chegando à conclusão que eles são irrecuperáveis, uma vez que esses assassinos têm como característica importante a falta de sentimentos perante as outras pessoas, ficando difícil assim aplicar a eles algum tratamento que seja capaz de “curá-los”, evidenciando o grande problema quanto a sua ressocialização.





9. BIBLIOGRAFIA

CASOY, Ilana. Serial killer: louco ou cruel?. 2. ed. São Paulo: Madras, 2002.
CASOY, Ilana. Serial Killer – Made in Brasil. São Paulo: ARX, 2004.
GREIC, Charlotte Serial Killers “ Nas mentes dos monstros” Ed 01, Editora